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Herpes Zoster em idosos: o que é, sintomas, riscos e prevenção pela vacina

Herpes Zoster em idosos: o que é, sintomas, riscos e prevenção

O Herpes Zoster em idosos é uma condição que merece atenção especial, pois pode trazer complicações significativas para a saúde dessa faixa etária.

Os sintomas do Herpes Zoster incluem erupções cutâneas e dor neural, que podem impactar a qualidade de vida dos pacientes. Como os riscos associados a essa condição são mais elevados em idosos, a prevenção se torna ainda mais primordial.

Neste artigo, abordaremos os principais sintomas Herpes Zoster em idosos, os riscos que ele representa para a saúde na terceira idade e a vacinação como uma estratégia eficaz de prevenção, ajudando a proteger essa população mais vulnerável.

Aproveite a leitura.

O que é Herpes Zoster e as suas causas

O Herpes Zoster, também conhecido como cobreiro, é uma infecção viral dolorosa causada pela reativação do vírus varicela-zóster. Esse vírus é o mesmo responsável pela catapora. Essa condição afeta principalmente a pele, produzindo bolhas e lesões dolorosas.

Por que os idosos são mais suscetíveis à Herpes Zoster?

Idosos são mais suscetíveis ao Herpes Zoster devido à diminuição da eficiência do sistema imunológico com a idade. O vírus varicela-zóster, que permanece latente no organismo após um episódio de catapora, pode ser reativado quando as defesas imunológicas estão enfraquecidas.

A presença de comorbidades, como diabetes e doenças cardiovasculares, também aumenta o risco de reativação do vírus.

A vacinação contra a varicela-zóster é menos comum em gerações mais velhas porque a vacina contra a varicela foi aprovada e começou a ser amplamente utilizada apenas na década de 1990.

Aqueles que nasceram antes desse período não tiveram a oportunidade de serem vacinados, o que contribui para a menor taxa de vacinação nessa faixa etária.

Como resultado, a prevalência de Herpes Zoster é significativamente maior entre os idosos, o que aumenta a susceptibilidade a essa doença.


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Sintomas da Herpes Zoster em idosos: identificação e diagnóstico

Conhecer e ficar atento aos sintomas da Herpes Zoster em idosos é crucial, pois a doença pode ter um impacto significativo na qualidade de vida dessa faixa etária. A seguir, abordaremos os sinais iniciais e a evolução dos sintomas comuns, bem como as complicações associadas.

Sinais iniciais da Herpes Zoster

Os sinais iniciais da Herpes Zoster em idosos geralmente começam com dor intensa, formigamento ou queimação ao longo do nervo afetado. Esses sintomas podem ser acompanhados por uma sensação de ardor ou coceira na região onde o exantema ou rash cutâneo aparecerá.

Principais sinais iniciais incluem:

  • Dor: pode variar de leve a intensa e às vezes é descrita como uma sensação de agulhadas;
  • Febre baixa: entre 37 e 38ºC;
  • Mal-estar: sensação de cansaço ou indisposição;
  • Dor de cabeça e sensação de febre, também, podem ocorrer.
Sintomas da Herpes Zoster em idosos: identificação e diagnóstico
Um diagnóstico precoce por um médico geriatra e o tratamento para Herpes Zoster adequado podem reduzir a duração e a gravidade dos sintomass.

Progressão dos sintomas da Herpes Zoster e complicações comuns em idosos

Depois dos sinais iniciais, a erupção cutânea característica da Herpes Zoster se desenvolve. Geralmente, ocorre em um lado do corpo, frequentemente no tórax ou costas, e progride para bolhas e vesículas.

Progressão dos sintomas da Herpes Zoster típicos:

  • Rash cutâneo ou exantema: inicia como manchas vermelhas que evoluem para vesículas;
  • Bolhas: as vesículas podem se romper, levando a feridas na pele;
  • Coceira e ardor: são comuns na área afetada;
  • Dor persistente: pode permanecer mesmo após a cura das lesões.

Complicações da Herpes Zoster em idosos:

  • Neuralgia pós-herpética: dor crônica que pode durar meses;
  • Infecção secundária das feridas;
  • Envolvimento ocular: se o vírus afeta nervos próximos aos olhos, pode levar a complicações graves.

Um diagnóstico rápido, por um médico geriatra, e tratamento adequado podem minimizar a duração e gravidade dos sintomas. O tratamento para Herpes Zoster envolve o uso de medicamentos antivirais como aciclovir e ganciclovir. Esses medicamentos ajudam a reduzir a duração do episódio e também ajudam a reduzir o risco de neuralgia pós herpética.

Riscos associados ao Herpes Zoster na terceira idade

O Herpes Zoster representa sérios riscos para os idosos devido à diminuição da imunidade que ocorre com o envelhecimento. Complicações como neuralgia pós-herpética e outras doenças associadas agravam a condição.

Impacto na qualidade de vida

Os idosos com “cobreiro”, como é popularmente conhecido o Herpes Zoster, frequentemente enfrentam uma significativa redução na qualidade de vida. O vírus pode causar dores intensas mesmo após o desaparecimento das erupções cutâneas iniciais.

Outros problemas incluem a necessidade de frequente uso de analgésicos e medicamentos antivirais. Estes tratamentos podem ser dispendiosos e exigem monitoração clínica constante. Além disso, a dor persistente pode afetar o sono e o bem-estar mental, aumentando a ansiedade e depressão.


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Neuralgia pós-herpética: uma complicação frequente

A neuralgia pós-herpética é uma das complicações mais frequentes da Herpes Zoster em idosos. Esta condição ocorre quando a dor persiste por meses ou até anos após a cura das lesões cutâneas. A neuralgia pós-herpética pode ser debilitante.

Tratamentos para essa complicação incluem o uso de lidocaína, gabapentina, notriptilina e outros medicamentos capazes de melhorar dores de origem neuropática, além de analgésicos comuns.

Riscos de Longo Prazo

O Herpes Zoster pode ocasionar complicações de longo prazo, a depender do local onde a infecção ocorre. Em infecções na região facial, perda de visão ou audição podem ocorrer. A infecção pode se espalhar para os olhos (Herpes Zoster oftálmico), causando danos severos à visão.

Além disso, existe o risco de infecção bacteriana secundária nas áreas afetadas. O uso de medicamentos antivirais como o ganciclovir e o valaciclovir pode ajudar a reduzir esses riscos. A vacinação também é recomendada para prevenir episódios futuros e minimizar os efeitos graves.

Outros riscos associados à Herpes Zoster em idosos

Outros riscos incluem a associação do Herpes Zoster com condições crônicas como diabetes mellitus e hipotiroidismo. Essas condições podem diminuir a capacidade do corpo de responder ao tratamento.

Cuidados adicionais incluem tratamento sintomático e antivirais como o aciclovir oral com a dosagem adequada. Assim, é fundamental que os idosos, familiares e cuidadores monitorem qualquer sinal de complicação e busquem auxílio profissional imediatamente para evitar maiores problemas de saúde.

Prevenção da Herpes Zoster: a importância da vacina para idosos
A vacina para Herpes Zoster pode reduzir a incidência da doença em até 90% e suas complicações, como a neuralgia pós-herpética.

Prevenção da Herpes Zoster: a importância da vacina para idosos

A vacinação contra a Herpes Zoster é um método eficaz de prevenção, especialmente importante para idosos. Veremos como a vacina funciona e seus benefícios específicos para a terceira idade.

Como funciona a vacina para Herpes Zoster

A vacina para Herpes Zoster ajuda a reativar a resposta imunológica do organismo contra o vírus Varicela-Zoster, responsável pela doença, que permanece latente no corpo após a infecção primária da catapora e pode reativar-se anos depois.

Segundo o Ministério da Saúde, a vacina para Herpes Zoster é indicada para pessoas a partir dos 50 anos, mas fortemente recomendada para idosos com mais de 60 anos.

Benefícios e eficácia da vacinação em idosos

A vacinação pode reduzir significativamente o risco de desenvolvimento da Herpes Zoster e suas complicações, como a neuralgia pós-herpética.

Estudos, incluindo uma revisão da Cochrane, mostraram que a vacinação contra a Herpes Zoster pode reduzir a incidência da doença em até 90%, demonstrou altos níveis de eficácia e durante vários anos após a aplicação.

Idosos, sendo um grupo de risco, se beneficiam particularmente dessa proteção aumentada.

Com a vacina para a Herpes Zoster, idosos podem viver com menor risco de enfrentar episódios dolorosos, melhorando assim a qualidade de vida e bem-estar.

Mesmo quem já teve o herpes zoster tem indicação de tomar a vacina de 6 meses a 1 ano após o último episódio. A consulta com o médico é importante para sanar dúvidas sobre a segurança e eficácia da vacinação. Alguma dúvida sobre o tema? Deixe sua mensagem que logo será respondida.

Médico Geriatra
Dr. Felipe Bozi Soares

Especialista em Geriatria pela Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - HCFMUSP

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