O tabagismo está relacionado a aumento de fatores de risco cardiovasculares, aumento do risco de infarto, câncer e enfisema pulmonar, além de aumentar a mortalidade por todas as causas, sendo o responsável por até 50% das mortes evitáveis em fumantes.
O benefício para cessação do tabagismo, já bem estabelecido em evidências robustas para pessoas mais jovens, vem se tornando mais claro em idosos e grandes idosos, mostrando aumento da sobrevida em até 3 anos após a cessação e aumento na qualidade de vida no restante dos anos vividos.
Os idosos, em geral, subestimam os riscos do tabagismo e superestimam os benefícios de seguir fumando, quando comparados às pessoas mais jovens. Além disso, a história longa de tabagismo faz com que os mesmos tenham a ideia de que são sobreviventes ou de que o “dano já está feito”.
Entretanto, cessar o tabagismo, mesmo após a sexta década de vida, está ligado à maior disposição para realizar atividade física, melhora do paladar, redução da pressão arterial, melhora do sono, entre tantos outros efeitos benéficos.
Todos os pacientes devem ser questionados sobre o hábito de fumar na consulta médica e, se motivados, devem receber aconselhamento sobre as melhores estratégias para ajudar a parar de fumar, que podem envolver mudança de comportamento quanto medicações adequadas para tal fim.
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Logo, não há idade limite para orientações sobre largar o cigarro: durante a consulta, devemos sempre estar abertos a ouvir sobre os hábitos de vida, sem julgamentos, para que possamos traçar a melhor estratégia para cada um!
